segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO

                                                                   Platão (428-347 a.C. 
Platão acreditava que este mundo em que vivemos não passa de uma cópia imperfeita de um outro mundo perfeito que ele chamava de mundo das ideias. Aqui no mundo das aparências permanecemos presos às ilusões, às imagens, às opiniões, às falsas promessas, portanto, a tudo que aprisiona o indivíduo no erro.  
Através do mito da caverna ele ressalta o papel da filosofia de libertar o ser humano desses grilhões que o aprisionam, trazendo-o para a luz da verdade. Para Platão, o conhecimento da verdade proporcionado pela filosofia nos transporta do mundo das aparências para o mundo das ideias; da caverna para a liberdade; da alienação para a consciência; da morte para a vida. 
A visão da vida diante a contraposição de dois mundos:
                                                                O efetivo x o imaginário  
A tirinha “As sombras da vida” de Maurício de Souza foi escolhida por demonstrar de forma bastante objetiva o pensamento do filósofo Platão, no que diz respeito ao mito da caverna, onde Platão tentou demonstrar a cegueira dos homens diante de um mundo de aparências através de uma história: “Homens estão presos por argolas no fundo de uma caverna escura, sempre viveram ali. Por trás deles, um fogo arde, a certa distância, irradiando uma luz que se projeta no interior da caverna. Nas paredes, formas humanas, formas que se movem. Os homens que estão no interior da caverna pensam que o vêem é a realidade. Mas não é, eles vêem apenas suas próprias sombras. Pensam assim porque não conhecem outro mundo.” Com essa alegoria ele compara a caverna com o mundo sensível onde vivemos, nos levando a fazer uma relação entre 385-380 a.C (época em que foi escrito o mito da caverna) com os dias atuais, mostrando o quão é muito mais cômodo para todos nós apenas receber e aceitar tudo o que nos é mostrado como se fosse realmente verdade. Com isso passamos a ter idéias errôneas a respeito do que está a nossa volta, nos levando à manipulação, mesmo que muitas vez sem percebermos, imaginando um mundo diferente do real. Ao aceitarmos essa condição, perdemos o direito de saber da verdade e o único jeito de alcançá-la é buscarmos dentro de nós mesmos, libertar-nos da influência que aceitamos sofrer, assim como os prisioneiros do mito, ao sair da caverna e encontrar, então a luz, e sermos capazes de acreditar e conhecer o verdadeiro mundo.

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